História
A história da esgrima em si tem uma origem de, pelo menos, três mil anos. Pinturas Egípcias e Gregas mostram guerreiros empunhando espadas. A Bíblia também se refere a muitas espadas ao longo dos dois testamentos. Um templo japonês construído em 1170 a.C., mostrava alguns guerreiros semi-despidos, empunhando armas pontiagudas, com bicos de protecção.[1]
A esgrima nessa época era muito mais que um simples desporto, era uma maneira de combater, como tal não havia nenhuma regra precisa, porém surge a preocupação com a técnica para aplicar e defender-se dos golpes. Em Roma, existiam escolas de gladiadores onde se formavam os doctore armarum, especialistas na arte de combater com armas brancas para entreter o público. Na idade média, a esgrima se diversificou devido aos vários formatos de espadas e sabres existentes.
[editar]Da Antiguidade à Alta Idade Média (antes de 1350)
Não se sabe da existência de nenhum manual de esgrima anterior à Baixa Idade Média (exceto por algumas instruções de luta grega, (veja P.Oxy. III 466)), embora a literatura Antiga e Medieval (Sagas Vikings e Contos Alemães) mencionam feitos e conhecimentos militares; além de arte do período mostrar combates e armamentos (Tapeçaria de Bayeux, a Bíblia Morgan). Alguns pesquisadores tentaram reconstruir antigos métodos de lutas como o Pancrácio e técnicas de combate dos gladiadores usando como referência estas fontes e testes práticos, embora estas recriações sejam mais especulativas do que baseadas em instruções reais.
[editar]A Baixa Idade Média (1350 a 1500)
[editar]A escola alemã
A figura central das artes marciais medievais na Alemanha é Johannes Liechtenauer. Pai da esgrima alemã, Liechtenauer que nasceu provavelmente no começo do século XIV, possivelmente em Lichtenau, Mittelfranken (Franconia). O que se sabe sobre ele, junto com seus ensinamentos, está preservado no Manuscrito 3227a e nos vários manuais dos seus alunos e sucessores. De acordo com esse manuscrito, Liechtenauer era um grande mestre que viajou por muitas terras para aprender sua arte. Nos manuscritos do século posterior, a sociedade do Liechtenauer (Gesellschaft Liechtenauers) é conhecida como um grupo de mestres de esgrima que se consideravam discípulos de Liechtenauer, que detinham seus ensinamentos.
[editar]A escola italiana
O primeiro manuscrito em língua italiana que se tem notícia é o manuscrito Flos Duellatorum de Fiore dei Liberi, encomendado pelo Marquês de Ferrara por volta de 1410. Neste manual ele documentou técnicas que envolvem combate corpo-a-corpo, adaga, espada de uma mão, espada longa, lanças e alabardas, combate com e sem armadura. A esgrima italiana com armas medievais ainda é representada por Filippo Vadi(1482–1487).
[editar]O começo do período moderno (1500 a 1700)
No século XVI, muitas técnicas do antigos manuscritos foram reimpressas com as técnicas modernas de impressão, notadamente por Paulus Hector Mair(por volta de 1540) e Joachim Meyer (por volta de 1570).
Neste século a esgrima alemã tendeu-se ao enfoque esportivo da arte. Os tratados de Paulus Hector Mair e Joachim Meyer descendem dos ensinamentos dos séculos anteriores na tradição de Liechtenauer, mas com novas e distintas características. O manuscrito de Jacob Sutor (1612) é um dos últimos da tradição alemã..
A escola italiana é representada pela Escola Dardi, com mestres comoAntonio Manciolino e Achille Marozzo. No final do século XVI, a rapieira italiana ganha muita popularidade em toda a Europa, principalmente com o manual de Salvator Fabris (1606).
- Antonio Manciolino (1531) (italiano)
- Achille Marozzo (1536) (italiano)
- Angelo Viggiani (1551) (italiano)
- Camillo Agrippa (1553) (italiano)
- Diogo Gomes de Figueiredo (1682) (português)
- Jerónimo Sánchez de Carranza (1569) (espanhol)
- Giacomo Di Grassi (1570) (italiano)
- Giovanni Dall’Agocchie (1572) (italiano)
- Henry de Sainct-Didier (1573) (francês)
- Frederico Ghisliero (1587) (italiano)
- Vincentio Saviolo (1590) (italiano)
- George Silver (1599) (inglês)
- Luis Pacheco de Narváez (1600) (espanhol)
- Salvator Fabris (1606) (italiano)
- Nicoletto Giganti (1606) (italiano)
- Ridolfo Capoferro (1610) (italiano)
- Joseph Swetnam (1617) (inglês)
- Francesco Antonio Marcelli (1686) (italiano)
- Bondi' di Mazo (1696) (italiano)
[editar]O período moderno (1700 a 1918)
Desde os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna (1896) que a esgrima faz parte das modalidades olímpicas, sendo uma das quatro modalidades que fazem parte dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição.
As disputas masculinas começaram nas olimpíadas com o florete e o sabre em 1896. A espada foi introduzida nas disputas masculinas nos Jogos Olímpicos de 1900.
Em 1924 as mulheres começaram a participar dos jogos olímpicos, mas somente na modalidade de florete individual, e até 1992 as mulheres continuaram a jogar somente na modalidade do florete. A partir de 1996 elas começaram a competir nas olimpíadas na modalidade da espada também. E a partir de 2004 elas começaram a competir nos jogos olímpicos com o sabre.
Apesar do termo "luta de esgrima" ser freqüentemente usado, no esgrimir nunca se tem uma "luta de esgrima" ou "luta esgrima," mas sim "joga esgrima", pois o esgrima é um esporte.
[editar]Armas de competição olímpica
[editar]Florete
O florete é a arma mais comum entre os esgrimistas por ser uma arma de lâmina mais flexível e mais leve do que a espada e que se joga com mais delicadeza no toque, no torso somente. Esta também era a única arma tradicionalmente que as mulheres usavam em muitas competições.
É uma arma boa para o início da aprendizagem. Exige postura, agilidade, equilíbrio e flexibilidade além de um agudo senso de tempo de reação que caracteriza todos os esgrimistas fascinados por este desporto. Medindo uns 90 centímetros com lâmina, a arma inclui o copo (ou casoleta, em italiano) e pega (as partes pelas quais o esgrimista protege e segura a arma, respectivamente) são menores do que na espada (que protege a mão toda — zona válida, na espada), e no sabre (que tem proteção adicional para o braço) facilitando o manejamento ágil da arma. Há a pega italiana que é simples, como um punhal de faca e a pega francesa que é similar a pega de um arpão. A lâmina de forma trapezoidal é mais flexível do que a da espada, mas não tanto quanto a do sabre.
[editar]Espada
A espada por ser uma arma que pode atingir o corpo todo do adversário, deve-se jogar numa posição mais vertical assim sendo, ela é uma arma boa para jogadores mais altos especialmente aqueles que não tem tanta agilidade para se flexionarem como no florete ou no sabre. Não quer dizer que os esgrimistas ágeis não possam jogar, mas nota-se que é, das três armas, a mais adequada aos indivíduos altos. Outro motivo para não se agachar muito com o jogo da espada é para não deixar o joelho muito a frente, pois poderá ser facilmente um alvo exposto.A lâmina, mais dura de todas três armas produz um toque forte e pontiagudo, principalmente quando tocado na máscara do oponente.
[editar]Sabre
O sabre é a arma de duelo mais violento e ágil. A sua lâmina é mais flexível de todas três. O atacante pode usar o sabre como um chicote em que a lâmina é tão flexível que nem o bloqueio do adversário poderá bloquear a parte frontal da lâmina do adversário que se dobra por cima da lâmina do defensor. O sabre exige muita rapidez e uma preparação física muito grande, pois o duelo é muito rápido considerando que o toque pode ser feito não só com a ponta mas com a lámina também, tanto quando o atacante ataca (corte) com a lâmina, como quando contra-ataca (contra-corte) com a lâmina. Em contraste aos toques violentos da lâmina, também é comum o esgrimista ser tocado, durante um combate, e nem sentir.
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