terça-feira, 1 de janeiro de 2013

FRANCISCO ALVES O REI DA VOZ



O maior cantor brasileiro de todos os tempos, Francisco Alves, morreu em um desastre de automóvel na Via Dutra, no Estado de São Paulo, quando viajava em direção ao Rio de Janeiro. Seu carro chocara-se com um caminhão em plena rodovia, e, explodindo o motor, as chamas envolveram o veículo carbonizando o corpo do querido artista. Seu primo Haroldo Alves, estudante que o acompanhava na viagem, foi projetado à grande distância no momento da colisão, escapando com vida, porém em estado grave.

Francisco Alves era carioca, filho de José Alves e Isabel Alves nasceu nesta capital, à rua da Prainha, na Gamboa, em 19 de agosto de 1898, contando portanto com 54 anos de idade. 
Encontrava-se em plena mocidade, a julgar pelo seu espírito sempre alegre, e pela intensa atividade que desenvolvia na arte que elegera. 

O nome de Francisco Alves atravessara as fronteiras do Brasil. Era considerado um grande intérprete de Carlos Gardel, o saudoso cantor de tango argentino de quem ele era grande admirador. Amigo de todos os que se iniciavam carreira do rádio, protegia e encaminhava às emissoras os que lhe pediam amparo. 

Além de artista era um apaixonado turfista, proprietário de vários cavalos de corrida. 

Era contratado da Rádio Nacional, em cujo elenco artístico estava há dez anos. Tão logo chegou a notícia do falecimento de Chico Alves, a emissora suspendeu a sua programação habitual em sinal de luto. As demais emissoras homenagearam igualmente a sua memória fazendo ouvir os seus discos, inclusive a Rádio Jornal do Brasil, que sentiu profundamente a morte do artista das multidões. 


Brasil canta Adeus a Chico Alves

Jornal do Brasil: Edição Especial Jornal do Século
"Adeus, adeus, adeus / Cinco letras que choram / Num soluço de dor". 
A canção de Silvino Neto foi o fundo musical da despedida de Francisco Alves, o Rei da Voz. Sua morte arrancou lágrimas no Brasil inteiro. 

Os seus restos mortais foram transportados para esta capital durante a noite, e no dia seguinte filas intermináveis passaram diante do seu esquife, multidões compungidas, chorosas, saudosas do seu ídolo desaparecido. 

Quem conhecia o artista que se impôs pelos seus predicados vocais e pelos dotes do seu coração, sentiu profundamente o acontecimento que o destino determinara.

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