O PUPILO DE KASPAROV: é patrocinado por um banco e um escritório de advocacia que investiram 4 milhões de coroas (R$ 1,3 milhão) na carreira do prodígio
O primeiro dia de 2010 entrou para a história do xadrez. Aos 19 anos e 32 dias de idade, o norueguês Magnus Carlsen tornou-se o mais jovem ser humano a assumir o topo do ranking mundial. Antes dele, os recordistas eram o americano Bobby Fischer, com 21 anos, e o russo Garry Kasparov, aos 22. A impressionante história de Magnus aponta para um novo futuro do esporte.
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Um mestre em 5 lances
1. O COMEÇO
É comum que grandes jogadores de xadrez participem de seus primeiros torneios aos seis anos e se tornem jogadores em tempo integral aos 12. Nascido em Tonsberg em 1990, o primeiro torneio de Magnus Carlsen foi o campeonato nacional de 1999, quando tinha nove anos. Mas deu continuidade aos estudos e adaptou a agenda de competições de acordo com a escola. Com 13 anos tornou-se o terceiro jogador mais jovem do mundo a conquistar o título de mestre (adquirido com as pontuações das disputas).
2. A SUBIDA
Com 15, já vencia alguns dos grandes mestres. Em um ano, entre janeiro de 2006 e janeiro de 2007, saltou no ranking mundial, do 89º para o 24º lugar. Em abril passado, era o 3º. Com as vitórias conquistadas em novembro, assumiu, informalmente, a posição oficializada na divulgação do ranking em janeiro.
3. O TALENTO O mundo do xadrez é cheio de pessoas de QI alto. O jovem é capaz de calcular 20 jogadas com antecedência. Muitas delas são tão ousadas que os especialistas não entendem aonde ele quer chegar — até que o lance se completa e todos o consideram genial. Essa habilidade intuitiva lhe rendeu o apelido de “Mozart do xadrez”. Considerado o maior jogador de todos os tempos, o russo Garry Kasparov, líder do ranking entre 1985 e 2005, disse que o garoto tem “um talento natural para saber onde colocar as peças do tabuleiro”. Em entrevista à revista Time, Magnus tentou explicar o inexplicável. “Muitas vezes um movimento simplesmente parece o melhor.”
4. OS TORNEIOS
O ranking mundial é definido pela pontuação em dezenas de competições. Algumas, como os de Londres, Linares (na Espanha), Montecarlo e Dortmund, formam uma espécie de Grand Slam. Pouquíssimas pessoas passam os 2.800 pontos — Magnus alcançou o feito em outubro, na China. Tinha 18 anos, muito menos que o recorde anterior, de Vladimir Kramnik (25 anos).
5. O TREINADOR Magnus nem mesmo sabe se tem em casa um tabuleiro. Ele cresceu praticando no computador, com os programas Internet Chess Club e Playchess. Essa característica o tornou um novo tipo de jogador, capaz de lidar com uma grande gama de jogadas. Seu talento fez com que Kasparov o tomasse como pupilo.
É comum que grandes jogadores de xadrez participem de seus primeiros torneios aos seis anos e se tornem jogadores em tempo integral aos 12. Nascido em Tonsberg em 1990, o primeiro torneio de Magnus Carlsen foi o campeonato nacional de 1999, quando tinha nove anos. Mas deu continuidade aos estudos e adaptou a agenda de competições de acordo com a escola. Com 13 anos tornou-se o terceiro jogador mais jovem do mundo a conquistar o título de mestre (adquirido com as pontuações das disputas).
2. A SUBIDA
Com 15, já vencia alguns dos grandes mestres. Em um ano, entre janeiro de 2006 e janeiro de 2007, saltou no ranking mundial, do 89º para o 24º lugar. Em abril passado, era o 3º. Com as vitórias conquistadas em novembro, assumiu, informalmente, a posição oficializada na divulgação do ranking em janeiro.
3. O TALENTO O mundo do xadrez é cheio de pessoas de QI alto. O jovem é capaz de calcular 20 jogadas com antecedência. Muitas delas são tão ousadas que os especialistas não entendem aonde ele quer chegar — até que o lance se completa e todos o consideram genial. Essa habilidade intuitiva lhe rendeu o apelido de “Mozart do xadrez”. Considerado o maior jogador de todos os tempos, o russo Garry Kasparov, líder do ranking entre 1985 e 2005, disse que o garoto tem “um talento natural para saber onde colocar as peças do tabuleiro”. Em entrevista à revista Time, Magnus tentou explicar o inexplicável. “Muitas vezes um movimento simplesmente parece o melhor.”
4. OS TORNEIOS
O ranking mundial é definido pela pontuação em dezenas de competições. Algumas, como os de Londres, Linares (na Espanha), Montecarlo e Dortmund, formam uma espécie de Grand Slam. Pouquíssimas pessoas passam os 2.800 pontos — Magnus alcançou o feito em outubro, na China. Tinha 18 anos, muito menos que o recorde anterior, de Vladimir Kramnik (25 anos).
5. O TREINADOR Magnus nem mesmo sabe se tem em casa um tabuleiro. Ele cresceu praticando no computador, com os programas Internet Chess Club e Playchess. Essa característica o tornou um novo tipo de jogador, capaz de lidar com uma grande gama de jogadas. Seu talento fez com que Kasparov o tomasse como pupilo.
Bobby Fischer: O maior enxadrista americano (1943-2008) venceu o torneio nacional oito vezes, a primeira com 14 anos. Na década de 1970, desapareceu. Retornou 20 anos depois, venceu uma partida e foi preso no Japão por declarações antissemitas. Morreu na Islândia | |
Paul Morphy: Essa espécie de Bobby Fischer do século 19 viveu entre 1837 e 1884 e também teve uma carreira meteórica e uma aposentadoria em isolamento. Aos 12 anos, bateu o mestre húngaro Johann Löwenthal. Com 20, tornou-se o primeiro campeão americano de xadrez. Depois de uma turnê pela Europa, voltou para casa, abandonou a profissão e passou a sofrer crises de paranoia. |
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