Fome: crianças na Somália não possuem força nem para choro
Separei essas fotos e esses dois artigos para quem ainda não acredita no genocídio:
Mais de 30.000 crianças morreram de fome esse ano. A Somália é um dos países mais atingidos com a seca e, como se já não bastasse isso, eles vivem uma guerra civil há tempos.... Agora eu te pergunto: cade os soldados que invadiram o Iraque, o Afeganistão.... e outros atrás de armas nucleares, Osama Bin Laden, Sadam .... CADÊ ELES? Ninguém faz nada para acabar com essa guerra civil, ninguém faz nada para acabar com essa fome, NINGUÉM FAZ NADA!!!!!! CADÊ A ONU? CADÊ????? PORQUE NINGUÉM INTERVÉM LÁ? É, ELES NÃO TEM PETRÓLEO, NEM OURO ... MAS PORQUE NINGUÉM FAZ NADA???? A verdade é que eles estão pouco se lixando pra fome dos outros, pra miséria dos outros .... São poucos os que ajudam ..... Separei dois artigos falando sobre a Somália, vamos a eles:
Vamos ao outro artigo:
Mais de 30.000 crianças morreram de fome esse ano. A Somália é um dos países mais atingidos com a seca e, como se já não bastasse isso, eles vivem uma guerra civil há tempos.... Agora eu te pergunto: cade os soldados que invadiram o Iraque, o Afeganistão.... e outros atrás de armas nucleares, Osama Bin Laden, Sadam .... CADÊ ELES? Ninguém faz nada para acabar com essa guerra civil, ninguém faz nada para acabar com essa fome, NINGUÉM FAZ NADA!!!!!! CADÊ A ONU? CADÊ????? PORQUE NINGUÉM INTERVÉM LÁ? É, ELES NÃO TEM PETRÓLEO, NEM OURO ... MAS PORQUE NINGUÉM FAZ NADA???? A verdade é que eles estão pouco se lixando pra fome dos outros, pra miséria dos outros .... São poucos os que ajudam ..... Separei dois artigos falando sobre a Somália, vamos a eles:
Um silêncio perturbador domina o campo de refugiados de Badbaabo, o maior de Mogadício, capital da Somália. Surpreendentemente, o choro de criança é raro. Apesar do estado agudo de desnutrição de milhares de pessoas precariamente acampadas em tendas feitas com galhos de árvores, o instinto infantil mais básico parece ter sido derrotado.
"Ela tem muita fome, mas acho que ficou fraca demais para chorar", diz Shukri Mohamed, 28, embalando seu bebê de oito meses. Pele e osso, a criança tem os olhos vidrados, indiferente ao bando de moscas que passeiam sobre seu rosto.
O silêncio dos refugiados é produto da debilidade física, mas também da impotência diante de um desastre natural agravado por duas décadas de guerra civil na Somália e pelo atraso das agências internacionais em reagir. Vivendo a pior seca em 60 anos, a região conhecida como "Chifre da África" fez ressurgir as imagens das crianças etíopes esqueléticas que comoveram o mundo no meio da década de 80.
Mergulhada em caos e dividida entre um governo inoperante e o fanatismo da milícia islâmica Shabab, a Somália é o testemunho mais eloqüente de uma combinação mortal: tragédia climática, escalada nos preços de alimentos e conflito armado. Grande parte do território do país é controlado pela milícia islâmica, que dificulta o deslocamento populacional e impede a chegada de assistência humanitária, alegando que as organizações ocidentais são "antiislâmicas".
Somente nos últimos três anos, foram assassinados 14 funcionários do PMA (Programa Mundial de Alimentação), principal fornecedor de ajuda alimentar na região. Reféns da insana disputa armada que rachou o país e do temor da comunidade internacional em atuar num território sem lei, a população é presa fácil da seca.
Os rostos da fome na África, estampados em jornais do mundo inteiro, contam apenas parte da história. Em muitos casos, o fim. Iman Abdi Noono, 60, caminhou com a família durante dez dias até Mogadício para escapar da seca que aniquilou o rebanho de 30 vacas e 60 ovelhas que garantiam sua subsistência no distrito de Bu"ale (sul).
Para driblar os achaques do Shabab, que controla a região sul, a mais atingida pela seca, Iman foi obrigado a fazer uma rota alternativa. O desvio prolongou a caminhada e o sofrimento. Agachado dentro de uma barraca no campo de refugiados, ele conta que viu seis de seus nove filhos morrer de fome no caminho. "Carreguei o último nas costas e achei que iria salvá-lo. Mas ele morreu pouco depois de chegarmos a Mogadício", lamenta, em voz baixa.
Até algumas semanas atrás, o campo de Badbaado era apenas mais uma área em ruínas de Mogadício. Hoje abriga cerca de 30 mil refugiados internos, que se alinham em longas filas à espera de rações oferecidas por organizações humanitárias. As tradicionais vestes islâmicas em tons fortes de amarelo, verde, vermelho e outras cores berrantes, contrastam com o semblante soturno das mulheres somalis.
De acordo com o PMA, 200 mil somalis chegaram à capital nos últimos dois meses fugindo da seca. Em sua maioria gente simples, que perdeu o pouco que tinha e ainda teve que deixar para trás parte da família.
Fatma Maha, 32, que aparenta ter pelo menos dez anos a mais, tinha chegado no mesmo dia a Mogadício. Com uma bacia de metal na mão, esperava na fila para receber um punhado de arroz que mal daria para alimentar os quatro filhos que conseguiu levar à capital. "Deixei os dois mais velhos para trás com meu marido, porque não tive dinheiro para pagar a viagem de caminhão", diz Fatma, explicando que o motorista cobrou algo em torno de R$ 0,15 por passageiro. "Foi muito difícil, mas precisava salvar os mais novos".
Fonte : Internacional
Vamos ao outro artigo:
Nos últimos dois anos, a parte leste do Chifre daÁfrica passou por duas grandes secas em muitas áreas rurais. O impacto da seca está sendo agravado pelos altos preços dos cereais, mortalidade excessiva dos animais, conflitos e pela restrição ao acesso da ajuda humanitária em algumas áreas
11 de julho de 2011 - O anúncio de uma das maiores facções armadas da Somália, o grupo Al-Shabaab, de que organizações humanitárias seriam bem-vindas no território sob seu controle renovou a esperança do tão necessário aumento de assistência dentro do país, segundo a organização internacional humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF).
"MSF está na Somália há duas décadas, sem interrupção, coordenando programas médicos de larga escala", disse Joe Belliveau, diretor operacional de MSF. "Nós conseguimos manter nossos programas no território controlado pelo Al-Shabbab, mas as restrições de suprimentos e demandas nos impediram de aumentá-los. Nós esperamos que a declaração do Al-Shabaab gere uma suspensão dessas restrições."
Equipes de MSF estão espalhadas em várias localidades dentro da Somália, assistindo refugiados exaustos cruzando a fronteira da Somália rumo à Etiópia e ao Quênia.
"A maioria dos programas de alimentação terapêutica na Somália está sobrecarregada, com mais de 3.400 crianças envolvidas em programas nutricionais. Nós estamos cuidando de emergências nutricionais em vários locais na região do vale de Lower Juba, em Galgaduud, Mudug, Lower Shabelle, e na região de Bay. Nas últimas semanas, nós vimos um grande aumento nos casos, já que as pessoas viajaram centenas de quilômetros para ter acesso a cuidados de saúde e tratamento para suas crianças
desnutridas", completou o Sr. Belliveau.
Nos últimos anos, a região oriental conhecida como Chifre da África experimentou duas estações de chuvas escassas consecutivas, resultando em um dos anos mais secos das últimas décadas, em zonas rurais. O impacto da seca foi exacerbado pelos altos preços dos cereais locais, pela alta taxa de mortalidade do gado, por conflitos e pela restrição de acesso a organizações humanitárias em algumas regiões. Grandes partes da Somália foram destruídas pela guerra civil em mais de 20 anos, e as pessoas deslocadas têm sérias dificuldades de acessar os poucos locais onde auxílio alimentar e médico estão disponíveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário