História[editar | editar código-fonte]
A invenção de um primitivo dispositivo de escrever mecanicamente é atribuída a Henri Mill em 1714.
O italiano Pellegrino Turri introduziu, em 1808, o sistema de Teclado. Posteriormente, o mecânico norte americano Carlos Thuber criou um modelo aperfeiçoado, com maior rapidez de escrita (1843). Outros nomes como os do norte-americano Burth, o inglês Jenkins, e o francês Pogrin, colaboraram para o aperfeiçoamento da máquina.
As primeiras máquinas imprimiam apenas em caracteres maiúsculos. Foi Brooks quem conseguiu a impressão dos caracteres maiúsculos e minúsculos.
As primeiras produzidas no fim do século XIX deixavam os datilógrafos “às cegas”, porque o mecanismo tampava o papel e não era possível ver o que era digitado. O problema foi resolvido com a criação de um arranjo semicircular, que mantinha as barras de tipo afastadas da área de digitação.[1]
A última fábrica que produzia máquinas de escrever não elétricas, a Godrej and Boyce em Bombaim, Índia, encerrou em 2011, depois de ter vendido menos de 1.000 exemplares no último ano, definitivamente tornou-se numa peça de museu.[2]
A invenção de um dispositivo mecânico de escrita no Brasil é atribuída ao padre Francisco João de Azevedo, nascido na Paraíba do Norte (atual João Pessoa) em 1827 e falecido em 1888. Professor de Matemática do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, integrante de uma família em que existiam mecânicos, constrói um modelo de máquina de escrever que apresentou na Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco em 1861, e na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em fins do mesmo ano, sendo premiado com a Medalha de Ouro.
Os registros parecem refletir que pouco se conhece a respeito desse feito, ou para ser mais preciso, existe um documento escrito, uma cópia da patente concedida ao inventor, paraibano Padre Francisco João de Azevedoa pela rainha Ana Stuart [1665 – 1714], que declarou: "An artificial machine or method for the impressing or transcribing of letters singly or progressively one after another, as in writing, whereby all writing whatever may be engrossed in paper or parchment so neat and exact as not to be distinguished from print". ainda, de acordo com este site, o modelo de Henry Mill, nunca saiu do projeto, ou seja, nunca foi construído; E, sabe-se de outra tentativa ainda no século dezoito para a construção de uma máquina escrevente, por Frederico de Knaus, em Viena. Também dessa máquina não ficaram modelos, conhecendo-se sua existência apenas por uma descrição datada de 1780, que consta ter surgido em 1753. Apenas como registro, aliás louvável por parte do inventor italiano, Pelegrino Turri, que em 1808, teria construído uma máquina, para a filha de um amigo que era cega, pudesse aprender a escrever. A bem da verdade, porém, de uma forma mais evidente, esses fatos históricos não se confirmam.[3]
A primeira patente norte-americana consta ser de William Austin Burt, de Detroit (1829), cujo conteúdo foi destruído pelo incêndio do Escritório de Patentes de Washington, em 1836. Para maiores esclarecimento ler " inventores brasileiros injustiçados".
Breve História[editar | editar código-fonte]
A Remington, que antes se dedicava apenas à produção de armas, foi a primeira empresa a investir na produção de uma máquina de escrever, em 1874, já com uma configuração bem próxima do modelo que se tornou popularmente conhecido em todo o mundo.
A partir de 1880, as máquinas de escrever passaram a ser adotadas pelo mercado corporativo, em busca da legitimação dos documentos comerciais que eram produzidos em todas as transações.
O aumento da demanda despertou o interesse das indústrias para o novo produto, primeiro nos EUA e, depois, na Europa, com a Alemanha sendo um dos principais polos, que em seguida se espalhou para os demais países industrializados.
O mercado de trabalho também cresceu com a necessidade de contratação de datilógrafos, capazes de operar as novas máquinas com velocidade e precisão. Com isso, as mulheres passaram a ter espaço nos escritórios, redações e cartórios, assumindo funções nas áreas administrativas, o que consistiu em um dos primeiros movimentos para a conquista dos direitos femininos.
Indústria da máquina de escrever no Brasil[editar | editar código-fonte]
No Brasil, as máquinas de escrever foram importadas até que passassem a existir as condições de instalação das primeiras indústrias metalúrgicas, a partir da criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1941.
Primeiro, a americana Remington se instalou no Rio de Janeiro, em 1948, depois, a sueca Facit chegou em Minas Gerais, em 1955, e, finalmente, a italiana Olivetti passou a produzir em São Paulo, em 1959. Outras fábricas também surgiram mais tarde, como a Precisa S/A, de origem Suíça, em São Paulo, ou a IBM, especializada em máquinas eletrônicas para os escritórios.
Essas empresas focadas em máquinas de escrever entraram em decadência a partir do início da década de 1990, com a redução da demanda, porque o mercado passou a adotar os computadores e impressoras como alternativa mais eficiente para a produção de textos. A Facit S/A foi a última a continuar produzindo no Brasil, até o final da década de 1990, após ter a administração assumida pelos empregados, em um modelo de autogestão.