O Incêndio do Edifício Joelma
São Paulo, 01 de fevereiro de 1974. A abafada sexta-feira que apenas
estava começando dava sinais de que seria apenas mais um dia na agitada
capital paulista, mas às 08:54min daquela manhã um curto-circuito iria
transformar a rotina da cidade e de centenas de pessoas por completo.
O endereço do Joelma já tinha sido palco de um triste acontecimento no ano de 1948, quando um engenheiro químico decidiu acabar com a vida da mãe e de suas irmãs no caso que ficou conhecido como “Crime do Poço”. Após o fatídico acontecimento os imóveis ficaram vazios até que a área toda foi demolida para dar lugar ao novo arranha-céu.
Um dos grandes colossos de concreto do centro de São Paulo, o Edifício Joelma ainda era um jovem perto da maioria de seus vizinhos, erguidos décadas antes mas desde sua inauguração, em 1971, chamava a atenção pelas suas linhas modernas e pela sua altura imponente, com 25 andares. Tão logo foi inaugurado, o prédio foi alugado para o Banco Crefisul.
O fatídico curto-circuito não poderia ter acontecido em andar pior, no décimo segundo pavimento, justamente o meio do edifício. Para piorar, as salas do edifício eram repleta de materiais que colaboravam com a propagação do fogo, como divisórias, carpetes, cortinas e móveis de madeira, além dos forros que eram de fibra.
Poucos minutos após o incêndio ter início, a fumaça e o calor já tomava conta do interior do prédio e principalmente impedindo as pessoas de fugirem pelas escadas, já que elas são localizadas no centro da construção. Para piorar a situação, o prédio não possui escadas de incêndio o que levou muitas pessoas a arriscarem descer pelos elevadores do Joelma.
E mesmo sendo a opção mais arriscada muitos se salvaram descendo pelos elevadores do edifício, enquanto estes ainda funcionavam. Mas não ia demorar para ter um colapso no sistema elétrico e os elevadores pararem, ocasionando a morte de um ascensorista no vigésimo andar.
Sem alternativas e com o pavor à flor da pele, as pessoas que ainda estavam no Joelma se dividiram. Muitos foram para o terraço na esperança de um resgate de helicóptero e outros foram para os parapeitos das janelas. Para complicar ainda mais a situação, o edifício não possuía heliporto e as telhas e a fumaça impediam um pouso ou aproximação maior dos helicópteros.
Muitas pessoas, em pânico, não enxergam outra solução para se salvarem que não seja pular. Assim, mais de vinte pessoas optaram por esta solução desesperada mesmo com o pedido de bombeiros de não fazê-lo. Nenhum sobreviveu.
Cerca de uma hora e meia depois do incêndio ter tido início, todo o material inflamável do prédio já havia sido consumido pelas chamas, assim o incêndio finalmente seria debelado. Os resgates continuariam por mais algumas horas, até que às 13:30 todos os serviços de socorro e resgate aos sobreviventes foram concluídos. Terminava assim o mais terrível incêndio da história da Cidade de São Paulo.
DADOS DO EDIFÍCIO:
Nome: Edifício Praça da Bandeira (ex Edifício Joelma)
Ano da construção: 1971
Andares: 25
Elevadores: 4
DADOS DA TRAGÉDIA:
Dia: 01/02/1974
Mortos: 188
Feridos: 300 (número aproximado)
À época o terrível incêndio do Joelma, ocorrido poucos anos após o fatídico incêndio do Edifício Andraus, abriu o debate para a necessidade da revisão urgente do código do obras da cidade de São Paulo. O que estava em vigor em 1974 havia sido criado 4 décadas antes, em 1934, quando a cidade era muito menor, seus edifícios não eram tão complexos e a cidade tinha pouco mais de 700.000 habitantes.
A investigação das causas que levaram o edifício a incendiar-se apontaram falhas na execução da manutenção do sistema elétrico do edifício, cujo sistema que era precário, estava muito sobrecarregado. Tanto a empresa responsável pela manutenção à época como o próprio Banco Crefisul e seus representantes diretamente ligados ao ocorrido receberam condenações.
Após o fatídico incêndio o Joelma ficou fechado para reformas e adequações por 4 anos, sendo reaberto em 1978 com o nome de Edifício Praça da Bandeira.
A tragédia de dois grandes edifícios paulistanos nos anos 1970 também desencadeou uma série de comentários sobre qual seria o próximo arranha-céu da cidade a ter problemas de incêndio. As apostas da época apontavam o Palácio Zarzur Kogan como o próximo da lista, mas a campanha era mais difamatória do que realista. Os boatos levaram o edifício a mudar de nome, trocando para Mirante do Vale.
Veja mais fotos do incêndio do Edifício Joelma (clique na miniatura para ampliar):
O endereço do Joelma já tinha sido palco de um triste acontecimento no ano de 1948, quando um engenheiro químico decidiu acabar com a vida da mãe e de suas irmãs no caso que ficou conhecido como “Crime do Poço”. Após o fatídico acontecimento os imóveis ficaram vazios até que a área toda foi demolida para dar lugar ao novo arranha-céu.
Um dos grandes colossos de concreto do centro de São Paulo, o Edifício Joelma ainda era um jovem perto da maioria de seus vizinhos, erguidos décadas antes mas desde sua inauguração, em 1971, chamava a atenção pelas suas linhas modernas e pela sua altura imponente, com 25 andares. Tão logo foi inaugurado, o prédio foi alugado para o Banco Crefisul.
O fatídico curto-circuito não poderia ter acontecido em andar pior, no décimo segundo pavimento, justamente o meio do edifício. Para piorar, as salas do edifício eram repleta de materiais que colaboravam com a propagação do fogo, como divisórias, carpetes, cortinas e móveis de madeira, além dos forros que eram de fibra.
Poucos minutos após o incêndio ter início, a fumaça e o calor já tomava conta do interior do prédio e principalmente impedindo as pessoas de fugirem pelas escadas, já que elas são localizadas no centro da construção. Para piorar a situação, o prédio não possui escadas de incêndio o que levou muitas pessoas a arriscarem descer pelos elevadores do Joelma.
E mesmo sendo a opção mais arriscada muitos se salvaram descendo pelos elevadores do edifício, enquanto estes ainda funcionavam. Mas não ia demorar para ter um colapso no sistema elétrico e os elevadores pararem, ocasionando a morte de um ascensorista no vigésimo andar.
Sem alternativas e com o pavor à flor da pele, as pessoas que ainda estavam no Joelma se dividiram. Muitos foram para o terraço na esperança de um resgate de helicóptero e outros foram para os parapeitos das janelas. Para complicar ainda mais a situação, o edifício não possuía heliporto e as telhas e a fumaça impediam um pouso ou aproximação maior dos helicópteros.
Muitas pessoas, em pânico, não enxergam outra solução para se salvarem que não seja pular. Assim, mais de vinte pessoas optaram por esta solução desesperada mesmo com o pedido de bombeiros de não fazê-lo. Nenhum sobreviveu.
Cerca de uma hora e meia depois do incêndio ter tido início, todo o material inflamável do prédio já havia sido consumido pelas chamas, assim o incêndio finalmente seria debelado. Os resgates continuariam por mais algumas horas, até que às 13:30 todos os serviços de socorro e resgate aos sobreviventes foram concluídos. Terminava assim o mais terrível incêndio da história da Cidade de São Paulo.
DADOS DO EDIFÍCIO:
Nome: Edifício Praça da Bandeira (ex Edifício Joelma)
Ano da construção: 1971
Andares: 25
Elevadores: 4
DADOS DA TRAGÉDIA:
Dia: 01/02/1974
Mortos: 188
Feridos: 300 (número aproximado)
À época o terrível incêndio do Joelma, ocorrido poucos anos após o fatídico incêndio do Edifício Andraus, abriu o debate para a necessidade da revisão urgente do código do obras da cidade de São Paulo. O que estava em vigor em 1974 havia sido criado 4 décadas antes, em 1934, quando a cidade era muito menor, seus edifícios não eram tão complexos e a cidade tinha pouco mais de 700.000 habitantes.
A investigação das causas que levaram o edifício a incendiar-se apontaram falhas na execução da manutenção do sistema elétrico do edifício, cujo sistema que era precário, estava muito sobrecarregado. Tanto a empresa responsável pela manutenção à época como o próprio Banco Crefisul e seus representantes diretamente ligados ao ocorrido receberam condenações.
Após o fatídico incêndio o Joelma ficou fechado para reformas e adequações por 4 anos, sendo reaberto em 1978 com o nome de Edifício Praça da Bandeira.
A tragédia de dois grandes edifícios paulistanos nos anos 1970 também desencadeou uma série de comentários sobre qual seria o próximo arranha-céu da cidade a ter problemas de incêndio. As apostas da época apontavam o Palácio Zarzur Kogan como o próximo da lista, mas a campanha era mais difamatória do que realista. Os boatos levaram o edifício a mudar de nome, trocando para Mirante do Vale.
Veja mais fotos do incêndio do Edifício Joelma (clique na miniatura para ampliar):
Tags: 1948 / 1974 / 1978 / andraus / avenida 9 de julho / Crefisul / crime do poço / Edifício Joelma / Edifício Praça da Bandeira / grandes incêndios do Brasil / hidrantes / história de são paulo / joelma / mirante do vale / rua santo antonio / são paulo antiga / Termoclima / tragédias / urbanismo
Nem Edgar Allan Poe teria feito melhor desde o início essa história toda…
Depois, esta coincidência do nome Lusiferc, ou seja, Crefisul ao contrário.
Lusiferc é um anagrama de Crefisul.
Eu creio que existem lugares onde energias muito negativas podem se acumular, isto em diversos pontos do planeta. Disto trata o Feng Shui, ciência oriental com mais de 4000 anos.
Possivelmente o terreno onde está localizado o edifício é amaldiçoado, no sentido de reunir forças malignas e energia negativa e não seria surpresa se antes dos assassinatos de 1948 naquele mesmo local outros crimes ou mortes violentas não tivessem ocorrido.
Não estou falando sobre fantasmas ou espíritos do mal, falo de energia negativa mesmo, destruidora, que serve de equilíbrio ao universo (Yin e Yang)mas por algum motivo concentrada naquele local.
Parabéns pelo blog, muito educativo e ilustrativo.
Ou se fico chateada, muito triste por sinal, em saber que neste dia, várias pessoas morreram.
Parabéns mais uma vez pelo seu trabalho.
Por volta de 1990 trabalhei por um tempo no Edifício Praça da Bandeira,confesso que sentia um certo temor, principalmente a noite, apesar das melhorias de prevenção e segurança que foram implementadas.
Mais: meu marido prestava serviço neste predio, por volta dos anos 90, e mesmo ele descrente do jeito que é, sentiu arrepios no subsolo, máquinas desligavam e ligavam sozinhas, o pessoal rezava para ser transferido de lá, e eu acredito que isso pode ser resultado de um “culto de energia”, nós mesmos podemos gerar essa energia,o mêdo cria tb, o que muitas vezes nem existe.
Há muitas estórias em torno daquele local, será verdade??
ótima matéria, coloquie link de vcs no meu blog
Vivi estes momentos do lado de fora da Torre, muitas pessoas pulando, muitas pessoas sendo socorridas pelos bombeiros, queria poder fazer algo mas, não me autorizaram, eu era apenas um garoto, policia mirim, mas um garoto, me senti impotente.
Não da para entender como um prédio desta altura, 25 pavimentos não possuia escala de emergência, isto com certeza foi um grande erro, pois muitas pessoas poderiam ter se salvado.
Seria legal uma matéria sobre o crime do castelinho da rua apa…
Acredito que depois da trajédia, muitas coisas mudaram em relação a segurança das pessoas em caso de algum sinistro deste porte.
Também achoe que se tem muito ainda por fazer. Caso recente está nos edifícios que tombaram na Cinelândia no Rio de Janeiro este ano….caso triste, ainda mais sabendo que foi uma mescla de reforma mais o metrô que foi construído a alguns anos e que mecheu com a estrutura não so desses que caíram, mas com outros que ainda estão de pé e que, se resolverem fazer uma reforma, pode acontecer o mesmo com eles…
Com relação ao nome Joelma, (in)felizmente ficou no passado, pois as pessoas ainda dão esse nome às suas filhas.
Impressionante também a foto com o apelo (não conhecia).
Eu sou apaixonada pelo “Centro Velho” de São Paulo, e pela história da nossa cidade. Mas pelo fato de eu ser sensitiva, conheço vários lugares ali do centro que tem uma energia bem pesada. Inclusive o próprio Joelma, que tem uma das energias mais pesadas que já senti. Tanto que eu não tenho coragem de entrar no prédio, mas não por medo. E sim, por conta da energia que é tão ruim, mas tão ruim, que eu sei que passaria mal lá dentro. Antes de saber toda a história do prédio e da tragédia que aconteceu ali, sempre que eu passava em frente do prédio, meus pêlos ficavam completamente arrepiados sem motivo aparente, eu sentia uma dor muito forte dentro do meu coração e na minha cabeça, vinha cenas de sofrimento. Não sabia o porquê disso, até assistir em 2005 o programa “Linha Direta Mistério” na televisão, contando a história do prédio. Depois disso tudo fez sentido. Mas apesar dessa terrível tragédia que aconteceu lá, dessas questões sobrenaturais, o Joelma não deixa de ser um prédio lindo e com um design fantástico!
Alguém sabe o que havia neste terreno antes da construção da casa do crime do poço?
Agora, não posso comprovar nada sobre a veracidade!
O que eu achei de incrível é que esse nome Volquimar não é um nome comum encontrado em muitas pessoas eu por exemplo não vi ninguém com esse nome.Esse nome tem a pronúncia dessa frase “VOU QUEIMAR”.Ela trabalhava no Crefisul. Se juntar esses dois nomes ficam.Volquimar Crefisul.Traduzindo: Vou Queimar.Luciferc.Talvez seja coincidência.Sei lá.
Quanto ao “Vou Queimar, Lúcifer”, me parece mais outra teoria da conspiração. Se for, puxar aí, tem vários. Quanto ao que seria no lugar, li num site sobre SP antiga que no século XIX havia sido pelourinho, o que “justificaria” (ou “explicaria” o “mau agouro”). Será?
??
Os locais não são “amaldiçoados” pelos atos ali praticados, pelo contrário, por serem demasiadamente negativos alguns locais atraem toda sorte de tragédias e desgraças.
Pode acontecer de pessoas com má índole serem atraídas por estes locais negativos, pois ao contrário do que ocorre na física os opostos não se atraem, mas os iguais.
Por isto não é incomum nos países católicos os donos de determinado estabelecimento industrial ou comercial chamarem um padre para benzer o local antes do início das atividades.
Um padre com idoneidade moral para promover um exorcismo também tem, obviamente, idoneidade para abençoar determinado local, afastando ou pelo menos diminuindo a negatividade e a maldade previamente existentes.
Por isto é que muitas vezes as pessoas se sentem em paz ou agoniadas em determinados locais. Atos bons ou maus ecoam por toda a eternidade.
Conheço essa história, ela é muito triste! hoje sou casada com um bombeiro da época desse incêdio, até hoje quando ele fala dessa tragédia se emociona muito.
Quando recentemente aconteceu a tragédia de Santa maria, ele ficou muito abalado,lebrava com muita clareza das aflições das pessoas da época.
Eu fico horas ouvido ele falar,não por gostar de momento fúnebres,mais para tentar com essas e outras tragedia me tornar melhor como ser humana a cada dia!
Q Deus ajude todos nós!
Legal o site!
Ainda mais relatando coisas antifas de SP… Alias a cidade devia ser tranquila/pacata há tempos_coisa rara de grandes cidades (incluindo PEQUENAS também).
Meu pai nasceu aí (ou lá) e este diz que sua mãe atravessava a rua para apanhar ovos de uma granja na frente da casa onde residiam… Só que este se mudou para o RJ (pois meus avós se foram cedo).
Descobri o site por uma das imagens do JOELMA – onde nunca tinha visto; é até chocante.
Foi uma das maiores tragédias haventes.
Imagino que devia ser quente mesmo, pois tenho um parente que nasceu um dia antes (no RJ mesmo): e minha dia dizia que era um calor danado.
E no dia do incêndio… Parece que a previsão seria de CHUVA (o que não ocorreu!).
Ao assistir vídeos disso, difícil não ficar impressionado: muitos documentários relatam isso; há um filme chamado CATÁSTROFE que mostra várias tragédias mundiais (furacões/acidentes automobilísticos_e no fim aparece o JOELMA).
Minha mãe dizia que quando isso aconteceu, meus pais moravam nos Estados Unidos: e mencionou que SAIU NA CAPA DE UMA REVISTA DE LÁ IMAGENS DISSO TUDO…E que não conseguiu dormir por dias (no caso NOITES!).
Uma coisa que muitos falam, pensam: que tal tragédia tenha acontecido pelo tal crime anos antes… Imagino que se CRIMES CAUSASSEM TAIS TRAGÉDIAS_o mundo inteiro TERIA COISAS ASSIM!
Ou em ambientes que pegassem fogo… CRIMES ASSIM teriam acontecido antes?
E em relação à tal BOATE KISS: além de impressionante, uma coisa que IRRITA bastante; leis fajutas sendo aplicadas – além disso tudo poder ter sido evitado (triste mania a do tal cantor acender tal coisa). E nos tempos atuais… Uma coisa assim acontecer só acontece QUANDO SE QUER!
Resido no RS há tempos, e lembro quando saía à noite: presenciava movimento intenso em muitos casos… Embora nunca uma coisa assim. Aliás, essas medidas de segurança deviam ser aplicadas em outros estabelecimentos: teatros/cinemas_pois nestes vai gente da mais variada faixa etária (crianças, idosos): digo que TRAGÉDIAS DO TIPO não precisariam existir para se tomar certos cuidados.
E o que há de incêndios aqui no sul (no verão até entendemos; o calor aqui em janeiro é sufocante!). Agora no INVERNO? O MERCADO PÚBLICO é um exemplo…
E que vivamos melhor.
Até,
Rodrigo
Permitam-me compartilhar algumas informações sobre o incêndio do Joelma:
Ao contrário do que dizem, depois do incêndio, o prédio foi reaberto em 1978 com o mesmo nome. Inclusive havia anúncios no jornal oferecendo salas para locação no “novo Joelma”. A mudança no nome é bem mais recente, deve ter ocorrido nos anos 1990 ou 2000. Eu mesmo, quando frequentei o prédio em reuniões nos anos de 1994 e 1995 lembro que ainda se chamava Joelma. Nesta época, era comum acontecer quedas de energia elétrica em razão de sobrecargas, tal como ocorreu no incêndio, o que eu pude constatar pessoalmente, e não foi nada agradável…
O prédio, pelo que pude apurar, pertence a família Kassab, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Não à toa, existem escritórios de vários partidos políticos no local atualmente, inclusive do próprio PSD, fundado pelo mesmo, assim como o PSDB.
Como vários aqui já disseram, o local realmente tem uma energia estranha, e é muito frio. Existem inúmeros relatos de acontecimentos sobrenaturais. Definitivamente não é um lugar bom para se estar. Nem mesmo nas garagens ou nas calçadas.
O prédio tem 25 andares. Os primeiros 10 andares são de garagens. Do 11º ao 25º, escritórios. O fogo teve início num aparelho de ar condicionado no 12º, na torre norte, virada para a Nove de Julho. As escadas dos bombeiros chegavam até o 12º e as mangueiras não conseguiam alcançar o fogo que, em pouco menos de uma hora já havia atingido o topo do edifício.
No dia do incêndio havia cerca de 700 pessoas no prédio, na grande maioria funcionários da Crefisul. Houve departamentos em que todos os funcionários morreram. Quarenta pessoas se jogaram do edifício e apenas um bebê, que estava nos braços de sua mãe, que saltou, sobreviveu.
Na torre sul, virada para a Praça da Bandeira – Rua Santo Antônio, todos os que subiram para o telhado morreram, pois não houve possibilidade para o resgate aéreo. Na torre norte, alguns conseguiram ser salvos por helicópteros. Ironicamente, o último a ser retirado do telhado foi o gerente de manutenção da Crefisul, Kiril Petrov. Muitos foram salvos nos parapeitos que se encontravam nas laterais do prédio, onde ficavam as áreas de cozinhas e banheiros.
E, para quem deseja fazer um “tour” no local, melhor esquecer. Os seguranças são orientados a não permitir o acesso de “curiosos” no local, apenas a funcionários e visitantes dos escritórios.
Abraços.